Conselho Federal de Medicina levou em conta dados do Tesouro Nacional.<\/span><\/p>\n

Secretaria diz que entraves jur\u00eddicos e com sindicato dificultaram contratos.<\/p>\n

Raquel Morais<\/strong>Do G1 DF<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Cobertura populacional de agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade<\/th>\n<\/tr>\n<\/thead>\n
DF<\/td>\n 19,13%<\/td>\n<\/tr>\n
SP<\/td>\n 35,36%<\/td>\n<\/tr>\n
RS<\/td>\n 43,58%<\/td>\n<\/tr>\n
RJ<\/td>\n 48,11%<\/td>\n<\/tr>\n
PA<\/td>\n 58,29%<\/td>\n<\/tr>\n
<\/td>\n <\/td>\n<\/tr>\n
Brasil<\/td>\n 62,48%<\/td>\n<\/tr>\n
Fonte: Conselho Federal de Medicina<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n<\/div>\n
Um estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina aponta que o\u00a0Distrito Federal<\/a>\u00a0possui a pior cobertura de agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade do pa\u00eds, atingindo apenas 19,13% da popula\u00e7\u00e3o. O papel da categoria \u00e9 atuar junto \u00e0s fam\u00edlias, acompanhando gr\u00e1vidas, incentivando o aleitamento materno, orientando a comunidade a usar adequadamente os servi\u00e7os e compilando registros de casos de doen\u00e7as como a dengue, por exemplo.<\/p>\n
O levantamento foi feito com base nos relat\u00f3rios resumidos de execu\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria de 2013, enviados por todos os estados para a Secretaria do Tesouro Nacional. Segundo o estudo, S\u00e3o Paulo \u00e9 a segunda unidade da federa\u00e7\u00e3o com pior \u00edndice no ranking, com cobertura de 35,36%, seguido pelo Rio Grande do Sul (43,58%), Rio de Janeiro (48,11%) e Par\u00e1 (58,29%). A m\u00e9dia brasileira \u00e9 de 62,48%, e todos os outros estados a superam.<\/p>\n
A Secretaria de Sa\u00fade confirmou a taxa e disse que entraves jur\u00eddicos e desentimentos com o sindicato da categoria dificultaram a contrata\u00e7\u00e3o de novos profissionais desde o in\u00edcio do governo. De acordo com a pasta, havia 117 equipes de agentes comunit\u00e1rios em 2011. Dessas, 39 precisaram ser desligadas por estarem sob tutela de uma funda\u00e7\u00e3o questionada pelo Minist\u00e9rio P\u00fablico e pelo Tribunal de Contas.<\/p>\n
Depois, segundo a secretaria, os profissionais precisaram passar para o regime celetista e houve discuss\u00f5es para definir qual regime de trabalho dos pr\u00f3ximos contratos. O embate teria durado at\u00e9 ano passado, quando ent\u00e3o, segundo a entidade, foi encaminhado \u00e0 Secretaria de Administra\u00e7\u00e3o o pedido de abertura do concurso. A pasta declarou ainda que chegou a tentar contratar 406 profissionais temporariamente, mas foi impedida pelo sindicato, que quer que as vagas sejam efetivas.<\/p>\n
Vice-presidente do conselho, Carlos Vital afirma que o dado chama aten\u00e7\u00e3o para as condi\u00e7\u00f5es de aten\u00e7\u00e3o \u00e0 sa\u00fade na capital do pa\u00eds. Ele destaca que a situa\u00e7\u00e3o leva a uma sobrecarga no trabalho e que os profissionais s\u00e3o essenciais para o combate \u00e0s doen\u00e7as.<\/div>\n
“A conscientiza\u00e7\u00e3o, o trabalho domiciliar, as orienta\u00e7\u00f5es, os levantamentos feitos com a participa\u00e7\u00e3o desses agentes [ficam prejudicados]”, diz o conselheiro. “[O que vemos s\u00e3o] postos de sa\u00fade sem condi\u00e7\u00e3o nenhuma de funcionamento, sem condi\u00e7\u00f5es de exames laboratoriais.”<\/p>\n
Menor cobertura de leitos<\/strong>
\nDados do Conselho Federal de Medicina coletados a partir dos mesmos relat\u00f3rios tamb\u00e9m apontam que\u00a0o DF tem o pior \u00edndice de leitos do Sistema \u00danico de Sa\u00fade<\/a>\u00a0para cada 800 habitantes \u2014 0,7. Depois da capital do pa\u00eds, os estados com as piores taxas s\u00e3o Amap\u00e1 (1,20), Amazonas (1,21), Sergipe (1,22) e Mato Grosso do Sul (1,25). Na \u00e9poca, o IBGE estimava que Bras\u00edlia tivesse 2,8 milh\u00f5es de habitantes.<\/p>\n
A Secretaria de Sa\u00fade questiona o estudo e afirma que conta atualmente com 4.355 leitos na rede p\u00fablica, incluindo os de enfermaria, pronto atendimento e UTI. A pasta nega que haja grandes varia\u00e7\u00f5es no n\u00famero em rela\u00e7\u00e3o ao ano passado, mesmo considerando leitos que ficaram temporariamente indispon\u00edveis ou foram desativados. De acordo com o \u00f3rg\u00e3o, o \u00edndice no DF chega a 1,75 leito para cada mil habitantes.<\/p>\n
O mesmo estudo mostrou que o gasto per capita di\u00e1rio do GDF com sa\u00fade \u00e9 de R$ 2,90. Para a entidade, o valor \u00e9 baixo. A m\u00e9dia di\u00e1ria brasileira \u00e9 de R$ 3,05 por habitante. A pasta confirmou o dado e diz que, visto isoladamente, ele pode refletir uma realidade incompat\u00edvel com a qualidade do servi\u00e7o.<\/p>\n
“N\u00e3o \u00e9 [um valor] ruim. A capacidade instalada que eu tenho, que j\u00e1 me custa pouco, n\u00e3o me demanda maiores investimentos. Quando voc\u00ea faz esse c\u00e1lculo, voc\u00ea tem que se perguntar se \u00e9 para um sistema j\u00e1 implantado, que vai ser implantado ou em implanta\u00e7\u00e3o? N\u00f3s temos um sistema implantado”, afirmou ao\u00a0G1<\/strong>\u00a0o ex-titular da secretaria Elias Miziara.<\/p>\n
http:\/\/g1.globo.com\/distrito-federal\/noticia\/2014\/09\/brasilia-tem-pior-cobertura-de-agentes-comunitarios-do-pais-aponta-estudo.html<\/p>\n
$\"Bras\u00edlia$ <\/a><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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A m\u00e9dia brasileira \u00e9 de 62,48%, e todos os outros estados a superam.<\/p>\n A Secretaria de Sa\u00fade confirmou a taxa e disse que entraves jur\u00eddicos e desentimentos com o sindicato da categoria dificultaram a contrata\u00e7\u00e3o de novos profissionais desde o in\u00edcio do governo. De acordo com a pasta, havia 117 equipes de agentes comunit\u00e1rios em 2011. Dessas, 39 precisaram ser desligadas por estarem sob tutela de uma funda\u00e7\u00e3o questionada pelo Minist\u00e9rio P\u00fablico e pelo Tribunal de Contas.<\/p>\n Depois, segundo a secretaria, os profissionais precisaram passar para o regime celetista e houve discuss\u00f5es para definir qual regime de trabalho dos pr\u00f3ximos contratos. O embate teria durado at\u00e9 ano passado, quando ent\u00e3o, segundo a entidade, foi encaminhado \u00e0 Secretaria de Administra\u00e7\u00e3o o pedido de abertura do concurso. A pasta declarou ainda que chegou a tentar contratar 406 profissionais temporariamente, mas foi impedida pelo sindicato, que quer que as vagas sejam efetivas.<\/p>\n Vice-presidente do conselho, Carlos Vital afirma que o dado chama aten\u00e7\u00e3o para as condi\u00e7\u00f5es de aten\u00e7\u00e3o \u00e0 sa\u00fade na capital do pa\u00eds. Ele destaca que a situa\u00e7\u00e3o leva a uma sobrecarga no trabalho e que os profissionais s\u00e3o essenciais para o combate \u00e0s doen\u00e7as.<\/div>\n “A conscientiza\u00e7\u00e3o, o trabalho domiciliar, as orienta\u00e7\u00f5es, os levantamentos feitos com a participa\u00e7\u00e3o desses agentes [ficam prejudicados]”, diz o conselheiro. “[O que vemos s\u00e3o] postos de sa\u00fade sem condi\u00e7\u00e3o nenhuma de funcionamento, sem condi\u00e7\u00f5es de exames laboratoriais.”<\/p>\n Menor cobertura de leitos<\/strong> \nDados do Conselho Federal de Medicina coletados a partir dos mesmos relat\u00f3rios tamb\u00e9m apontam que\u00a0o DF tem o pior \u00edndice de leitos do Sistema \u00danico de Sa\u00fade<\/a>\u00a0para cada 800 habitantes \u2014 0,7. Depois da capital do pa\u00eds, os estados com as piores taxas s\u00e3o Amap\u00e1 (1,20), Amazonas (1,21), Sergipe (1,22) e Mato Grosso do Sul (1,25). Na \u00e9poca, o IBGE estimava que Bras\u00edlia tivesse 2,8 milh\u00f5es de habitantes.<\/p>\n A Secretaria de Sa\u00fade questiona o estudo e afirma que conta atualmente com 4.355 leitos na rede p\u00fablica, incluindo os de enfermaria, pronto atendimento e UTI. A pasta nega que haja grandes varia\u00e7\u00f5es no n\u00famero em rela\u00e7\u00e3o ao ano passado, mesmo considerando leitos que ficaram temporariamente indispon\u00edveis ou foram desativados. De acordo com o \u00f3rg\u00e3o, o \u00edndice no DF chega a 1,75 leito para cada mil habitantes.<\/p>\n O mesmo estudo mostrou que o gasto per capita di\u00e1rio do GDF com sa\u00fade \u00e9 de R$ 2,90. Para a entidade, o valor \u00e9 baixo. A m\u00e9dia di\u00e1ria brasileira \u00e9 de R$ 3,05 por habitante. A pasta confirmou o dado e diz que, visto isoladamente, ele pode refletir uma realidade incompat\u00edvel com a qualidade do servi\u00e7o.<\/p>\n “N\u00e3o \u00e9 [um valor] ruim. 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